domingo, 2 de fevereiro de 2014

Capítulo 1

Jennifer Ann Thrupp já havia sido melhor, pensei comigo mesma enquanto estava deitada no chão e uma multidão me cercava. Estava confusa e um pouco atordoada, assim minha cabeça começou a passar um filme da minha vida, era como naquelas cenas de filme, até cheguei a pensar que estava partindo dessa pra uma melhor. Pela fenda que meus olhos abriram, consegui ver Jake ao meu lado, ele segurava uma de minhas mãos e dizia algo que eu não conseguia entender. Em questão de poucos segundos tudo se apagou, agora éramos apenas eu e minha mente, que insistia em me fazer lembrar da minha vida antes disso tudo, ela era tão boa e eu não sabia disso.

- 19 de maio de 2012 -
Em mais um dia de aula estava cercada por outras mimadas, tais como eu era. Elas adoravam seguir meus passos e eu era alguém naquela escola, sempre tinha alguém querendo fazer algo pra mim, mas eu não queria isso, queria diversão e agitação, queria os bad-boys mais desejados e temidos desse colégio, até então eles não tinham contato algum comigo, a não ser quando me encaravam pelos corredores. Hoje parecia ser meu dia de sorte.
"Ei, gata, chega aqui." 
Hailey me olhou meio surpresa e me deu um empurrãozinho como incentivo. Fui até o Diego e parei à sua frente.
"O que foi?"
"Tô ligado que você curte umas festinhas, vou dar uma no sábado, cola lá se quiser." Piscou.
"Só passar o endereço." Sorri e entreguei meu celular no bloco de notas.
Ele anotou e me entregou de volta, seguindo caminho na direção do pátio em seguida. Bem, hoje já era quinta, apenas mais dois dias pra sábado. Ainda era uma garota muito sonhadora, 16 anos é uma idade boa pra se sonhar. Com todos os pensamentos centrados na tal festa não conseguia me concentrar muito nas aulas de quinta e sexta, isso fez com que os dias passassem voando.
"Amiga, o que eu visto?" Perguntei olhando minhas roupas no armário.
"Uma roupa provocante."
"Está louca? Não quero que pensem que eu sou uma vadia."
"Alô, ele quer uma vadia."
"Então eu não sou o que ele procura."
"Vai perder essa chance? É o Diego! E se não for ele, ainda tem os outros, Gabriel, Joseph, Zachary, Jones, Victor..." 
"Eu ainda tenho dignidade." Ri de leve. “E como sabe o nome de todos?”

Ela deu ombros, rindo comigo. 

Acabei optando por um short branco com um cinto fino dourado, uma blusa soltinha preta com "love" em dourado e uma sandália de salto preta. Dei uns retoques no cabelo e no make e estava pronta. Jake quis me levar até lá por segurança, mal sabia ele que esse seria o dia em que tudo mudaria...
"Achei que minha convidada não viria." Diego beijou meu rosto assim que entrei.

Abri um sorrisinho. “Se não fosse vir, teria te avisado.”

Ele me puxou pra dentro da casa e me entregou um copo com bebida. Na sala estavam cinco caras e quatro meninas bebendo, menos gente do que eu imaginava.
"Olha, mais uma pra festinha." Um deles apontou enquanto bebia um enorme gole de sua bebida.
Um misto de medo e curiosidade percorreu meu corpo, não sabia se queria sair dali ou aproveitar, pela primeira vez eu estava "no meio do perigo", bebidas, uma house party, cigarros e caras gatos com caras de perigosos. 
"Quem é essa?" Um outro se aproximou.
"Jenn, uma garota da escola."
"Pro Diego trazer, deve ser 'amiga'." Disse num tom de malicia e me analisou de cima a baixo. "Quanto?"
"Mais respeito com a menina, chapa." Diego disse passando um braço por minha cintura.
"Respeito com prostituta?" Indagou com os olhos levemente arregalados.
"Prostituta? Está louco?" Alterei meu tom de voz. "Eu não sou prostituta, Diego apenas me convidou."
"Baixa o tom!"
"Opa, opa, opa! Parou, Gabriel." O encarou.
"Ih, já vai começar a defender? Será que está apaixonadinho pela mina?" Disse com sarcasmo.
"Dá pra tu calar a boca?" Levantou um pouco a camiseta, revelando uma arma.
Uma ponta de medo me ocorreu, essa house party não era uma boa e talvez não desse certo, o tal garoto que estava discutindo comigo anteriormente, levantou os braços e andou até a mesa de bebidas pra pegar um novo copo. Diego me levou até um canto da casa e ficou de frente pra mim, bebi um gole da bebida pra não demonstrar timidez, o que não adiantou muito.
"Que timidez, Jenn." Levantou meu queixo com o dedo indicador.
"Bom, eu não estou acostumada com festas assim."
"É só uma reunião, gata." Passou o braço por minha cintura novamente, aproximando os lábios do meu pescoço.
A excitação pelo perigo e o medo por ele ser um gangster traziam ainda mais vontade de saber onde isso iria parar, não que eu quisesse perder a virgindade com ele, mas era uma sensação totalmente nova. Garotas diversas eram loucas por ele e eu estava aqui, até eu sentia uma grande atração por ele, moreno claro, cabelos pretos, olhos verdes e bombado... Uma perdição. Seus lábios foram de encontro aos meus e um beijo meio voraz se iniciou, suas pesadas mãos percorreram meu corpo até a altura de minhas coxas, onde ele deu um apertão com os polegares. 
"Diego?" Alguém pigarreou atrás de nós.
"Mas que porra, o que é?" Se virou na direção do garoto, que trazia uma loira consigo.
"Os quartos estão liberados?"
"Desde quando tu pede permissão, Joseph?"
"Desde..."
Interrompeu. "Sobe logo e não me interrompe mais."
Os dois subiram, Diego era uma espécie de chefe deles e, era nítido o medo dos outros. Ele ia voltar a me beijar, mas o clima foi quebrado por uma ruiva que veio falar com ele, mas foi tratada como uma prostituta qualquer, ele havia sido muito baixo e frio com ela, percebeu que ela não tinha gostado e continuou.    
-
A partir daí minha vida tinha mudado, uma simples festinha que deu início a bebidas, drogas e a uma nova vida. Porquê foi tão burra, Jenn? Porquê? Ouvia vozes, mas não conseguia distinguir o que falavam, era um tanto quanto estranho, não sabia o que estava acontecendo e não me lembrava de nada. Não era uma sensação boa, meus olhos não obedeciam meus comandos e continuavam fechados e eu lutava contra mim mesma pra abri-los, não dava resultado algum, mas eu estava tentando. Eu não queria morrer, não agora, ou talvez eu quisesse pra me livrar logo disso tudo, mas morrer não era uma solução cabível para a situação... Por outro lado, Zack já tinha ido e eu ainda queria um felizes para sempre com ele. Não, Jenn! Está viajando, como vai ser feliz morta? Realmente não era uma boa, eu ainda tinha uma vida pela frente, uma vida torta, mas a minha vida. 
- 5 de junho de 2012 - 
"Qual é, garoto?" Disse depois de um dos garotos se esbarrar em mim enquanto eu estava parada no corredor com o celular em mãos, pelo meu ver de propósito.
"Qual é o que, velho? Ninguém pode tocar em você, garota de vidro?"
"Praticamente me empurrou."
"Você nunca foi empurrada?"
"Faz muito tempo que não!"
"Então tu vai aprender que aqui é assim, patricinha." Me empurrou contra a parede bruscamente.
Fiz uma careta ao bater minhas costas e o encarei. "Quem pensa que é?" Andei atrás dele. "Não te ensinaram o conceito de cavalheirismo, seu animal?"
"Garota, para de falar."
"Porquê quer que eu pare? Não sabe o que responder?"
"Não vou te dar trela, vai falar com o Diego porque ele está querendo te foder." Ele disse enquanto se jogava no sofá.
"Não quero ser fodida, só quero diversão aqui."
"Diversão pra ele é isso." Deu ombros. "Na verdade pra todos."
"Você não parece ser assim."
"Você não me conhece."
"Então me fale sobre você." Sentei ao lado dele.
"Larga de ser chata, velho." Passou as mãos no rosto.
"Ok, vou ficar quieta."
"Jenn, chega aqui." Diego disse vindo do quarto.
"Pra que, Di?"
"Quero te mostrar uma coisinha."
"Pode mostrar."
"No quarto, só nós." Pegou em meu braço, me puxando pra levantar.
"Não quero."
"Vem logo, caralho!" Me puxou com mais força.
O que eu menos queria agora era transar com alguém que eu não conhecia direito, seria minha virgindade em vão. Não que eu fosse uma santa, já tinha chegado em carícias e tudo mais antes dos 15, mas nada mais profundo e não era desse jeito que queria deixar de lado minha sanidade. Diego me puxou pra dentro do quarto e me jogou na cama com força, vindo por cima de mim logo depois. Um calafrio percorreu minha espinha, me deixando com um pouco de medo, os lábios dele correram por meu pescoço, dando dois chupões com força um de cada lado. Apertei minhas mãos contra seu peito, o empurrando pra longe, mas foi em vão.
"Agora vai entrar oficialmente."
"Eu não quero!"
"Shiu." Celou meus lábios com o dedo indicador. "Vou te fazer mulher, bad girl." Fez um pequeno caminho de beijos de meu pescoço até o decote de minha regata.
"Diego, por favor, me deixa ir..."
"Não mesmo, princesa, hoje você vai até o céu."
Ele abriu minha regata, a rasgando ao meio e deslizou a língua desde meus seios até o cós de meu short, estava com um medo imenso de tudo o que aconteceria e ainda juntava o medo dele. Ele se livrou de sua camiseta e me olhou mordendo o lábio, suas mãos pesaram enquanto passeavam por meu corpo e apalparam meus seios depois, os apertando levemente. Meu short logo estava em algum lugar do quarto e a brutalidade dele me impressionava, estava cheia de marcas pelo meu corpo, suas mãos estavam em minha bunda quando começaram a bater na porta. "Amém!", pensei comigo. 
"Caralho! Quem manda me interromper?"
"Uma ligação importante." Zack disse do outro lado da porta.
"Levanta daí e abre a porta."
Saí da cama e fui atrás de minhas roupas.
"Eu te mandei abrir a porta e não colocar essa porra de roupa!"
Prontamente fiz o que ele tinha mandado, Zack olhou pro Diego, mas logo direcionou o olhar pra mim, fiquei extremamente vermelha. 
"Agora sai daqui."
"Mas as minhas roupas."
"Sai logo." Zack disse me puxando pra fora. "Em 5 minutos vão ligar de novo." Entregou o telefone pra ele e fechou a porta. 
Encostei na parede ao lado da porta e respirei fundo, Zack ficou me olhando com uma sobrancelha levemente arqueada. 
"Melhor você ir embora antes que ele descubra que não é uma ligação de verdade."
"Você inventou?"
"Sim, agora vaza." Tirou a camisa que estava usando por cima da regata e me entregou. 
Ele era bem mais alto do que eu, isso fez com que a camisa parecesse um vestido.
"Quer que eu te leve?"
Assenti, não conseguiria ir andando normalmente na rua sabendo que estava quase nua. Saímos da casa rapidamente e ele me levou pra seu carro, expliquei o caminho e fomos em silêncio até em casa.
"Obrigada por ter me ajudado."
Ele balançou a cabeça. "Eu posso ter consequências com isso, fica me devendo essa."
"Sou eternamente grata, o que precisar pode contar comigo."
"Ok."
"Tchau." Desci do carro e acenei pra ele da calçada, ele me retribuiu com um meneio de cabeça e saiu com o carro.
Entrei em casa rezando pra que não tivesse ninguém em casa ou pelo menos no caminho até meu quarto, mas já podia esperar estar errada.
"Cadê o resto da sua roupa?" Jake perguntou parado na escada.
"Poderia ser pior, é uma longa história."
"Troca de roupa e me conta."
"Deixa isso pra lá, Jake."
"Claro que não, não vai começar agora a me esconder as coisas."
"Me deixa respirar e outra hora eu conto, fechou?"
"Fechado, em uma hora eu volto e quero que me conte."
-
Naquele dia não contei nada pra ele, tinha medo de sua reação, medo de ser abandonada pelo meu irmão... Sabia muito bem que ele não ia com a cara do Diego e nem de nenhum dos outros garotos, não era pra menos...
- 6 de junho de 2012 -
Depois de um banho relaxante, coloquei uma roupa e desci com a minha mochila, estava atrasada, super atrasada. Me despedi de meus pais e saí correndo com Jake até o carro, coloquei meus fones pra me livrar de qualquer conversa que pudesse vir à tona.
"Dá pra me responder?" Afastou o fone de meu ouvido ao entrar numa vaga do estacionamento do colégio.
Olhei pro relógio. "Não, estamos atrasados."
Saí do carro e, em passos largos, fui pra dentro da escola. Olhei na sala pra ver se Zack estava lá, mas não estava, fiquei curiosa pra saber o que tinha acontecido depois de eu ter ido embora. Andei pelos corredores à procura dele, mas um medo imenso de me esbarrar com Diego tomava minha cabeça. O encontrei parado de costas no bebedouro.
"Zack?... Zack?... Zachary!"
Ele se virou pra mim, exibindo um olho roxo, seus olhos estavam bem vermelhos e ele me encarou.
"Você está bem?"
"Sai da frente antes que eu parta sua cara em cinco."
"Quem fez isso com seu rosto?" Ignorei o que ele tinha dito.
"Culpa sua, patricinha do caralho."
"Foi o Diego, não foi?"
"Já mandei você sair da minha frente."
"Eu não vou sair."
Ele apertou meu braço com muita força, me dando uma sacudida, seus lábios se entortaram.
"Está me machucando." Tentei desvencilhar meu braço.
Seu olhar ficou fixo no meu e, aos poucos, ele foi soltando meu braço. Estávamos próximos quando ele se afastou e chutou o bebedouro ao sair andando. Deixei meu medo de lado e fui atrás dele, não era bom ele andar sozinho nesse estado, seguindo ele acabei saindo do colégio e logo os portões fecharam.
"PARA DE ME SEGUIR!" Esbravejou.
"Não vou parar, se acalma, Zachary."
Ele parou ao lado de uma árvore da pequena praça e tirou um saquinho com pó branco do bolso, o despejando na mão. Meu instinto foi bater na mão dele e o dele, ao ver o pó no chão, foi virar um tapa no meu rosto, levei minha mão pro meu rosto e senti meus olhos marejarem. 
"Porquê fez isso, porra? Eu gastei dinheiro!"
"Desculpa..." Abaixei a cabeça. "Eu vou pra casa pra não piorar as coisas."
Ajeitei a mochila nas costas e comecei meu caminho, minha mente não me deixava em paz, sabia muito bem que não devia ter feito isso, não devia ter ido atrás dele, mas sei lá o que me deu... Ele podia vir atrás de mim, não tinha quase ninguém pelas ruas e eu me daria mal, mas, por outro lado, sentia que ele não seria capaz. Algo nele me fazia querer confiar. Talvez eu estivesse redondamente errada, mas o que isso importava agora?

Minha mãe estava na cozinha quando entrei, mas tratou de vir pra sala assim que ouviu o fechar da porta.
"O que foi, meu amor? E esses olhinhos?"

"Nada, eu estava passando um pouco mal e vim pra casa."
"Falou pro seu irmão?"
"Não."
"Já está melhor?"
"Já sim."
"Eu vou sair na mesma hora do seu pai, ia deixar Kipp e Poppy com minha irmã, pode ficar com eles pra mim?" Beijou meu rosto.
"Claro." Sorri sem vontade alguma.
Eram 8h quando os dois saíram, Poppy foi a primeira a acordar.
"Tem café pra mim, JenJen?"
"Tem sim, meu amor." Peguei ela no colo.
[...] Quase 12h a campainha tocou, olhei por uma fresta da janela e um calafrio correu minha espinha. 
"O que você quer aqui?" Perguntei ao abrir a porta, ficando apenas três passos pra frente dela.
"Desculpa pelo tapa." Ele disse enquanto esfregava o nariz.
"Está me pedindo desculpas por estar drogado, não sabe o que está fazendo."
"Já cortou o efeito."
"Não é o que seus olhos dizem."
"Ainda ficam vermelhos por um tempo. Porra, se eu ainda estivesse com efeito nem lembraria onde é a sua casa." Passou uma das mãos pelo rosto. "Eu vou me redimir com você, anota aí."

“Não precisa fazer nada.”
“Mas eu quero, não bato em mulher... Foi sem pensar.”
“Já entendi.”
“De qualquer jeito, uma hora eu me redimido, mesmo que não queira.” Voltou a colocar seu capacete e subiu na moto, depois de um aceno a velocidade o fez sumir rapidamente no fim da rua. 

Fiquei parada no meio do quintal imaginando o que ele faria e se faria alguma coisa. Avistei o carro do Jake chegando e não pude entrar em casa antes de ele conseguir me ver.
"Que ótimo ter faltado no colégio. Onde você estava?" Perguntou quando entramos em casa.
"Estava passando um pouco mal."
"A Hailey disse que você estava com o drogadinho, então não mente pra mim."
"Hailey!"
"O que estava fazendo com ele?"
"Nada, só dando uma força."
"Força?" Arqueou uma sobrancelha.
"Sim, apenas isso, acha que eu estava fazendo o que?"
"Sei lá, tenho os meus palpites. Eu não te quero mais com ele."
"Quem é você pra mandar nisso? Eu odeio as vadias com quem você anda e nem por isso te proíbo de ficar com elas." 
"Vai ser assim?" Apertou os lábios.
"Sim, não tem que se meter nas minhas amizades."
"Ok, anda com esse porra e se torna uma drogada, aproveita e arruma um teto pra você."
"Está dizendo que eu vou embora daqui?"
"Se continuar assim..."
"Assim como, cara? Eu não fiz nada, NADA!"
"Eu não confio nas intenções do moleque."
"Não quero saber e eu cansei dessa conversa."
Fiquei no quarto durante o dia todo, desci apenas pra pegar um pacote de biscoitos pra comer. Abri a última gaveta de dentro do guarda-roupas e fui bem pro fundo dela, tirando uma caixinha de cigarros e um isqueiro de lá, Diego tinha me dado num dia desses, permaneci encarando o maço por alguns segundos, peguei um cigarro e custei pra acendê-lo. Dei uma tragada e comecei a tossir por não saber ao certo como fazer, parece uma besteira de se dizer, mas eu não sabia fumar. Tratei de apagá-lo, guardei o maço e o isqueiro novamente, enrolei o cigarro num pedaço de papel e joguei no lixo. 
- 15 de junho de 2012 -
Especialmente hoje não teríamos aula, estava deitada no sofá com Poppy dormindo ao meu lado, Jake tinha ido jogar futebol de areia com Kipp e minha mãe estava no andar de cima arrumando os quartos. A campainha tocou e eu levantei com cuidado pra abrir. Me surpreendi ao ver Zack na frente de casa com a moto estacionada.
"Oi." Tirou o óculos de sol que usava.
Ele estava com calça jeans, uma regata branca e uma jaqueta jeans, que o deixava ainda mais sexy, seu cabelo estava bagunçado pro lado.
"Oi." Sorri.
"Vim te chamar pra sair comigo."
"Agora?"
"Sim, se não puder ou não quiser, eu entendo."
"Vou me trocar e falar com a minha mãe, quer entrar?"
"Posso?"
"Claro." Abri a porta e esperei que ele entrasse pra fechar.
"JenJen?" Poppy me chamou coçando os olhinhos.
"Fala, meu amor."
"Cadê a mamãe?" 
Zack ficou parado ao lado do sofá, meio tímido.
"Ela está lá em cima." Peguei ela no colo. "Fica à vontade, Zack, eu não demoro."
Deixei Poppy com minha mãe, já avisando que ia sair e fui me trocar. Um short meio rasgado, um moletom e um All Star, me olhei no espelho pra ajeitar o cabelo e desci. Zack levantou logo que me viu.
"Está linda."
"Claro que não." Ri. "Mas obrigada."
"Por nada, vamos?"
"Vamos."
Fomos pro lado de fora, ele colocou um capacete e me entregou um outro.
"Eu tenho que usar isso?"
"Como proteção, prometo que não vou bater e nem capotar..." Riu. "... mas tem que usar por via das dúvidas."
Ri. "Ok." Coloquei o capacete, ainda meio contraditória sobre usá-lo.
Ele sentou e eu sentei atrás, ele pegou minhas mãos e levou pra envolta de seu corpo.
"Segura firme."
Rapidamente saímos em disparada, estava praticamente agarrada nele e ele riu disso.
"Pra onde estamos indo?" Perguntei quase gritando pra que ele pudesse me ouvir.
"Um lugar legal, espere pra ver."
Estávamos demorando pra chegar, acho que nunca tinha ido pra onde ele estava me levando. Percorremos mais um pouco do caminho e enfim ele estacionou no estacionamento do que parecia ser um parque.
"Acho que vai gostar desse lugar." Ele disse e tirou o capacete.
Tirei o meu também. "Onde estamos?"
"Em uma parte distante de Miami." Me puxou e apontou pra um pedaço distante do que parecia uma praia. "A praia é ali."
"Estamos longe."
"De moto é rapidinho. Quer entrar?"
Assenti e ele me guiou com um braço em minha cintura. Estava achando estranho, mas achei que era apenas gentileza dele por outro dia ter me batido, uma maneira de se redimir ou algo do tipo. Entramos no parque, que tinha paisagens lindas, com lagos e tudo mais.
"O que quer fazer?"
"O que você quiser."
"Escolhe, senhorita."
"Hm... Então vamos andar um pouco, pode ser?"
"Pode, claro."
Vimos lugares incríveis ali, hora ou outra ele apontava algo e me explicava sobre, não achava que ele fosse assim, realmente não achava. Já íamos parar pra descansar quando ele parou, colheu uma flor vermelha e me entregou.

"Obrigada." Sorri, corada e sem saber o que dizer.

Ele sorriu e sentou em um banco embaixo de uma árvore, onde tinha sombra feita pela mesma. Zack tirou um maço de cigarros do bolso, retirou um e o acendeu, levando pra boca. Ele tragava com tranquilidade, como eu não tinha conseguido quando tentei. Fiquei o analisando até ele me olhar.
"Quer um?"
"Não." Disse. "Como faz isso?"
"Isso o que, exatamente?"
"Fuma, pode parecer estranho, mas eu tive um ataque de tosse."
"Quer que eu te ensine a fumar?" Perguntou com ar de riso e uma sobrancelha levemente arqueada.
"Mais ou menos isso." Disse fazendo com que ele risse.
"Jenn, não se aprende a fumar, simplesmente segura e solta." Mostrou.
"Eu vou treinar em casa."

"Pra quê vai fazer isso? Quer começar a acabar com sua vida?"

"Só pra distrair."

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hey gente! Como prometido, o primeiro capítulo está aí, pode estar meio confuso, eu sei, mas depois vai fazendo sentido e melhorando, prometo! Espero que vocês tenham gostado e que me acompanhem nessa nova etapa, ok? Estou adorando escrever essa fic, vai ser meio diferente do que eu estou acostumada a escrever. Deixem suas opiniões nos comentários, não fiquem com vergonhar, eu não mordo pkakskakas gosto muito de saber o que cada leitora está achando. Deixem também os users de quem ainda não deixou pra eu poder avisar dos novos capítulos. COMENTEM, OK? XOXO <3

7 comentários:

  1. MEU SENHOR, AMEI O PRIMEIRO CAPÍTULO, DIEGO É UM OGRO E O ZAC É UM AMOR (eu achei) HAUAHUAHUA CONTINUA LOGO PQ QERO SABER OQ VAI ACONTECERRRRRRR
    @paradiseiggy

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  2. MANUUUUU TA PEFFEITO E COMO EU DISSE ANTES A TUA FIC TEM TUDO TUDO TUDO T-U-D-O PRA DAR CERTO AHHH FAMÍLIA THRUPP ❤️❤️❤️❤️ CONTINUE LOGO PQ EU TO AMANDO

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  3. Maridaaaa, vc vai ter q continuar looogooo e n esquece de me avisaaar!!! ta ótimaaaaaa

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  4. Ahhh MANU TA PERFEITA E VC SABE Q EU AMEI JÁ DE CARA QDO LI A SINOPSE AHAHHA CONTINUA BJS @CODYMANIA

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  5. Awn que perfeito continua por favor Manu amei demais ta muito diferente de todas que vc ja escreveu ta incrível :) @paolas2_

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  6. Awwwwwn, manu. Ta tudo tao lindo e perfeito, me apaixonei pelo zac, entao nao sei se vou querer o cody nao dodhajskjsa continua logo, que essa fic seja um sucesso como as outras
    @feelsocody

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