Mesmo
sem ligar pro Harry pra perguntar, fui direto pro apartamento dele pela manhã,
o caminho pra ir pro trabalho do meu irmão passava por lá, comecei a ter alguns
pontos de memória quando passei por aquelas ruas, os pelinhos desde minha nuca
até meus braços se arrepiaram por inteiro.
"Onde
foi meu acidente?"
"Perto
da loja de pranchas, na rua da praia mesmo."
"Isso
explica você do meu lado."
"Eu
vi todo o acidente, mal imaginava que era minha irmã." Arranjou uma vaga
em frente ao prédio e estacionou. "Liga aí pra ele descer, que já estou
atrasado, ah, e passa na loja mais tarde, se estiver se sentindo bem, o pessoal
quer te ver."
"Ok."
Beijei o rosto dele. "Bom trabalho, Jake."
Nem
liguei pro Harry descer, pedi pra que o porteiro interfonasse direto, ele já me
conhecia, afinal, estava sempre ali, mas se subisse a essa hora da manhã pra
tocar a campainha, Harry se assustaria. Subi até o 14º andar e a porta do
apartamento dele já estava aberta, a mesma era de frente pro elevador.
"Que
surpresa!" Beijou meu rosto e depois puxou o cabelo pra trás, só aí eu
percebi a puta cara de sono dele.
"Desculpa
ter te acordado, Jake foi trabalhar e não queria me deixar sozinha."
"Não
se preocupe, já estava quase na hora de acordar, se não se incomodar, o pessoal
vai vir fazer um trabalho aqui."
"Não
tem problema." Disse ao entrar. "Se tiver uns gostosos, melhor ainda."
"Você
não tem jeito." Riu e fechou a porta atrás de si.
"Aquele
tal do..." Tentei lembrar o nome do garoto, mas já fazia muito tempo que
ele tinha falado.
"Ryan?"
"Isso!"
Apontei pra ele, como se tivesse acertado algo muito importante. "Ele vem?"
"Vem,
mas vamos fazer trabalho."
"Não
tem problema, olhar não tira e nunca tirou pedaço." Mordi o lábio.
"Não
vai dar encima, viu?"
"Eu?
Longe de mim." Levantei os braços.
"Claro,
bem distante." Riu. "Quer comer o que?"
"O
que tem pra comer?"
"O
típico café americano, pode ser?"
"Pode
ser, quer que eu faça?"
"Não,
eu vou cuidar de você, não pode fazer esforço."
"Desde
quando fritar ovo e bacon é esforço?"
"Vai
deitar lá no sofá, vai." Me empurrou levemente em direção ao sofá.
Bufei,
mas aderi ao que ele pediu e me deitei, estiquei o braço até a mesa de centro e
peguei o controle, nada pra ver na tv, muita novidade... O pacote dele tinha
mudado e poucos canais estavam abertos e, pela manhã, não se passava nada além
de noticiários neles, os mesmo passavam os crimes que pareciam ser os mesmos
todos os dias, era monótono assistir a eles e pensar em tudo o que rolava por
Miami afora e por todo o mundo, vários inocentes perdiam suas vidas da noite
pro dia ou as jogavam fora, tal como o que tinha acontecido comigo. Comecei a
pensar sobre a vida de algumas pessoas da qual eles já tinham tirado, por mais
que eu não tivesse visto, sabia que já tinham feito, me matava pensar que, de certa
forma, estava envolvida também.
"Está
tudo bem, anjo?"
"Tudo,
só estava pensando." Desliguei a tv, mas ainda permaneci olhando pra tela
preta.
"Bom..."
Bateu os braços nas próprias pernas. "Vou fazer seu café, deve estar com
fome."
"Não
muita, na verdade."
"Acho
que seus pensamentos não te fizeram muito bem."
"Fica
tranquilo, estou bem, vou te ajudar na cozinha."
"Não
precisa, já te disse."
"Posso
ao menos sentar e observar?"
"Isso
pode."
Me
sentei numa das banquetas e fiquei olhando enquanto ele fritava os ovos e o
bacon em frigideiras separadas, mas ao mesmo tempo. Girava de um lado pro outro
enquanto sentia minha perna repuxar, mas isso poderia melhorá-la, já havia sido
assim antes.
"Que
horas é a fisioterapia?"
"9h30."
"Eu
te levo e fico lá com você."
"Não
precisa, seus amigos não vão vir aqui?"
"Vão,
mas eu passo no Ryan e deixo a chave com ele."
"De
jeito nenhum! Você só me leva, eu fico lá."
"E
como vai voltar?"
"Andando,
eu sei andar, muito bem por sinal." Pausei. "Ou eu posso levar a
bicicleta e voltar com ela."
"Quer
que eu te interne agora ou depois que fraturar mais a perna?"
"Não
vai dar nada, eu sei o que eu faço."
"Te
levo e te busco, fim de papo."
"Ok..."
Disse pra acabar esse assunto.
Ele
acabou o café e arrumou a mesa pra comermos, estava tudo torto na mesa, mas o
que valia era a intenção e, em questão de gosto, até que a comida estava boa.
Ok que pra fritar bacon e ovo só se precisava de óleo, mas ele levava jeito pra
não deixar encharcado e tal. Voltei pro sofá depois de comer, ele veio comigo e
sentou ao meu lado, deitei a cabeça em seu ombro e ele passou o braço ao redor
de mim.
"Que
bom que está aqui." Beijou minha cabeça. "Não sei o que faria sem
você, sabia? Quem me acordaria às 8h só pra não ficar sozinha?" Riu de
leve, me apertando.
"Poderia
arrumar outra melhor amiga, talvez a Hay." Dei de ombros.
"Eu
adoro a Hay, adoro mesmo, mas ninguém no mundo te substituiria."
"Awn."
Beijei o rosto dele. "Não preciso dizer que você é o melhor."
"Pode
dizer, sabe?"
Ri da
cara que ele fez. "Você é o melhor, baby, sempre vai ser."
"Hm,
agora sim."
Exatamente
às 9h, ele me levou pro hospital, insistiu pra que eu o deixasse ficar, mas eu
odiava atrapalhar as pessoas e pior, saber que eu estava atrapalhando. Desci
pra sala de fisioterapia, onde o doutor me esperava, ele não era muito
simpático, mas era bonito, olhos castanhos um pouco claros e cabelos castanhos,
parecia ter um bom físico por baixo daquele jaleco. Não fazia a mínima ideia do
que estava fazendo, ele mandava e eu repetia no equipamento, mesmo com pontadas
repuxando minha perna quase sempre, estava tão exausta às 11h30 que ele
resolveu me dispensar.
"Posso
mesmo ir?"
"Pode,
claro."
"Obrigada."
"Se
precisar alguma coisa, me ligue." Me entregou um papel. "E não se
esqueça dos cuidados básicos."
"Pode
deixar, vou me cuidar direitinho, doutor..." Tentei captar o nome dele.
"Pierre,
Pierre Jones."
"Pelo
que me lembre, não era Pierre não."
"Me
chamam de Jones, mas posso abrir uma exceção pra você."
Dei um
risinho quase sem som e me virei na direção da porta pra tomar meu rumo, ele
não impediu e nem disse mais nada. Ganhar cantada de fisioterapeuta, só comigo
mesmo... Comprei um suco de lata na lanchonete do hospital e fui pro prédio do
Harry, andando nos meus passos contados e doloridos. Toquei a campainha e quem
vem abrir é Ryan, estampo um sorriso pervertido no rosto e ele faz o mesmo.
"Jennifer."
"Oi,
Ryan."
"Veio
me desconcentrar do foco?"
"Hm...
Talvez." Ri de leve. "Brincadeira, estava aqui mais cedo, só voltei
de onde fui."
"Fiquei
sabendo do acidente." Deu de ombros com a mãos viradas com as palmas pra
cima. "Sinto muito, mas que ótimo que está bem."
"Sabe
aquele ditado de que vaso ruim não quebra? Então... Mas, aí, eu posso entrar ou
vai me barrar na porta?"
Ele
riu, coçando os olhos, e bateu em minha bunda assim que passei por ele.
"Gostosa como sempre."
"Tarado
como sempre."
"E
aí, como foi?" Harry perguntou assim que eu passei pelo hall.
"Exaustivo,
mas consegui sair mais cedo, pelo menos." Sentei no sofá ao lado dele.
"Oi, pessoal." Acenei pros outros três que estavam ali.
"Que
namorada linda, heim, Harry? Estourou." Um deles, que eu nunca tinha visto
na vida, riu.
"Ela
não é minha namorada, cara."
"Então
a gatinha está disponível?"
"Depende
pra quem." Disse. "Enfim, podem fazer aí o que tiverem que fazer que
eu fico bem quietinha."
Fiquei
mais tempo no quarto vendo tv do que na sala, essas coisas de trabalhos
escolares eram chatos e eles discutiam a todo momento, isso me irritava. Quando
voltei pra sala, os garotos já tinham ido, apenas Ryan estava ali, mas já
estava de saída também. Ele me pediu pra que o acompanhasse até o elevador, já
imaginava suas intenções. Mal fechei a porta e ele me encurralou na parede,
tomando meus lábios com os seus. Eu era um pouco louca por ele, mas como não
ser? Ryan é uma espécie de deus grego, estaria doente se não tivesse
pensamentos hiper safados com ele, ainda mais por ser privilegiada pelos
olhares dele, na verdade não só olhares, já havíamos ficado algumas vezes.
"Você
me quer, tanto quanto eu te quero?" Mordi o lábio inferior, com os braços
entrelaçados no pescoço dele.
"Eu
preciso te responder?" Beijou meu pescoço com intensidade, enquanto
apertava minha cintura.
"Precisa."
Fechei os olhos, aproveitando o toque dele.
"Quero
você, loira, vou acabar contigo."
"Hm...
Assim não vai ter mais de mim pra outra vez."
"Pode
deixar que eu sei bem o que faço." Mordeu meu ombro e subiu os doces
lábios por meu pescoço, parando em meu rosto.
"Me
pega às 19h?" Me afastei, fazendo-o ficar com uma cara de tacho.
"Eu
achei que..."
Interrompi.
"No quarto do Harry? No apartamento dele? Sério?" Cruzei os braços.
"É,
não vai ser muito confortável, janta comigo, então?"
"Se
for no seu apartamento... Não posso correr o risco de ser vista por alguém
enquanto estou pelas ruas."
"Até
parece que está fugindo da polícia." Riu.
"Da
polícia não, mas de alguém sim."
"Está
devendo ou não entregou?"
"Nenhuma
das duas coisa e isso não te interessa."
"Grosseria."
"Sou
grossa mesmo, todo mundo sabe."
"Eu
sei, me excita ainda mais."
"Guarde
sua excitação pra de noite."
"Pode
deixar." Virou meu rosto em sua direção com a ponta dos dedos e selou meus
lábios com um beijo envolvente.
Assim
que ele entrou no elevador, encostei na parede e mordi meu lábio inferior, pelo
menos uma coisa estava boa depois desse acidente. Tinha combinado com Harry de
irmos até a loja de pranchas depois de os garotos irem embora, então ele já
estava me esperando. Insisti pra irmos andando, mas ele me deu uma bronca por,
segundo ele, já ter andado muito e acabamos indo de carro. Já na porta, Jhonan,
dono da loja, não muito mais velho, devia ter uns 27 anos, loiro, alto, com a
barba por fazer e o corpo atlético como de todos os surfistas por aqui, veio
nos receber com um sorriso no rosto.
"É
um milagre ver você aqui, garota, quase sem nenhum arranhão ainda mais."
Não tirou o sorriso do rosto enquanto dizia. "Eu vi seu acidente, era
quase impossível acreditar que se recuperaria tão rápido."
"Vaso
ruim não quebra." Dei um pequeno sorriso. "Meu irmão disse pra eu
passar aqui por vocês estarem preocupados e blábláblá."
"Estávamos
mesmo, deixei ele à vontade esses dias pra cuidar de você."
"Muito
gentil da sua parte." Tratei de mudar o assunto, não era pra me acharem
gentil por ali. "Meu irmão, cade?"
Harry
me cutucou por meu tom de voz ter saído meio alterado.
"Está
polindo uma prancha pra entregarmos hoje a tarde."
"Podemos
ir lá?"
"Claro,
nos fundos, sabe onde é."
"Sei,
obrigada."
Passamos
por dentro da loja, onde os outros dois funcionários, Joy e Tyler, vieram
perguntar como eu estava, dizer as mesmas coisas que o Jhonan tinha dito...
Passamos pelo estreito corredor até sairmos na parte dos fundos, separada da
loja por um espaço do lado de fora. Jake polia uma prancha bem desenhada,
colorida com vermelho, branco e preto.
"Que
trabalho bom, heim." Encostei na parede.
"Oi,
Jenn." Levantou a cabeça e sorriu. "Oi, Harry."
"Está
fazendo um bom trabalho com a prancha."
"Acha?
Só estou polindo, o trabalho aqui não foi meu." Riu de leve e balançou a
cabeça.
"Que
vontade de surfar, cara."
"Também
me deu, vamos surfar então, baby?"
"Tá
maluca? Acabou de sair do hospital, não mesmo."
"Também
não concordo." Jake deixou a lixa de lado e deu a volta na mesa pra chegar
mais perto de nós. "E você não vai."
"Eu
já estou bem, estou ótima, na verdade." Revirei os olhos. "Parem de
cuidar da minha vida, eu odeio isso."
"Você
não sabe cuidar sozinha, então..."
"Af,
vocês são chatos."
Não
demorou pra que eu e Harry fossemos embora, mas não fomos pro apartamento, ao
invés disso, seguimos pra uma sorveteria em frente à praia. Peguei um milkshake
de maçã com canela e Harry montou uma casquinha com três bolas de sorvetes
diferentes com calda quente for cima pra completar. Fiz uma careta engraçada ao
olhar aquela mistureba que ele tinha feito e que comeu com todo o gosto. Dai as
horas pareceram voar, Harry me levou pra casa às 18h, não tive muito o que fazer
pra me arrumar, coloquei uma roupa como essa:
Eu adorava o estilo roqueiro de
se vestir, era moderno e me realçava, roupas curtas e apertadas sempre eram
peças chaves do meu guarda-roupa, deixei o cabelo solto e não me preocupei com
maquiagem, particularmente, não curtia mais isso, passar mais de uma hora
escolhendo combinações do sombra com batom, não era mais a minha. Guardei
minhas coisas numa bolsa de franja preta, saquei um cigarro do maço e o acendi
no caminho pro andar de baixo.
"Aonde
você vai?"
Jake
surgiu sei lá de onde e parou na minha frente, impedindo minha passagem. Dei
uma longa tragada e olhei pra ele enquanto soltava a fumaça.
"Sair."
"Como
assim? Com quem?"
"Com
o Ryan."
"Ryan?
Sério? Está meio maluca ou totalmente?"
"Eu
só quero aproveitar minha noite."
"Tinha
que ser com sexo?"
"Hm..."
Soltei o ar bem lentamente, fazendo uma pequena nuvem de fumaça em nosso meio.
"Aproveitar a noite significa isso. Agora me dê licença."
"Ele
vai vir te buscar?"
"Vai,
vou esperar do lado de fora."
"Não,
você vai esperar aqui."
Pra
minha enorme sorte, Ryan buzinou antes mesmo de que eu pudesse discordar,
evitando assim maiores problemas. Beijei o rosto do meu irmão e fui pra fora.
Uma BMW preta com o teto aberto estava à minha espera, Ryan escorado do lado do
motorista com um sorriso no rosto, ele se afastou um pouco do carro e veio até
mim.
"Boa
noite." Beijei o canto da boca dele, seus braços enlaçavam minha cintura,
colando de tudo nossos corpos.
"Ótima
noite, loira." Mordeu meu ombro. "Vamos logo ou quer comprar a comida
antes?"
"Ainda
não comprou?" Apoiei as mãos no peito dele.
"Não,
eu não sei o que você come."
"Então
deixa a comida pra depois, pode ser?" Usei o indicador pra afrouxar a gola
da camisa dele.
"Você
faz cada pergunta desnecessária." Riu e contornou o carro pra abrir a
porta pra mim.
Em 15
minutos estávamos no estacionamento de um prédio, antes mesmo de chegarmos na
escada que dava acesso ao prédio, os beijos tomaram tamanha velocidade e
desejo. As mãos dele pesavam em minha bunda, subindo ou descendo de vez em outra. Sua camisa já
estava quase toda aberta quando conseguimos entrar no apartamento, meu corpo
bateu contra uma parede, me fazendo morder o lábio inferior dele.
"Droga,
esqueci da parede, desculpa."
"Não
foi nada." Disse ofegante e agarrei os cabelos dele, o fazendo voltar pro
beijo.
Ele
foi me guiando até o quarto, minha blusa já ia sendo levantada e seus beijos
passaram pro meu pescoço. Eu não fazia a mínima ideia de como o apartamento
era, então foi difícil me localizar sem me esbarrar nas coisas. Notando meu
leve desespero com isso, ele apertou minhas coxas pra que eu as enlaçasse em
seu corpo, assim o fiz e fui guiada até a cama. Seu corpo pesou sobre o meu e
em questão de segundos minha blusa foi pro chão, seus beijos se direcionaram
pra parte de meus seios em que o sutiã não cobria, meu corpo se contorcia a
cada chupão com um pouco mais de força. Me ajoelhei de frente pra ele e
desabotoei os dois botões que restavam, seu peitoral definido apareceu ainda
com mais clareza, mordi o lábio e deslizei as mãos por ele, chegando a encostar
em seu membro e voltando. Nossas roupas saíram tão rapidamente de nossos
corpos, dando-nos mais liberdade. Meus seios foram envolvidos por suas mãos, os
massageando com força moderada, sua boca tomou um de meus seios, a língua
contornava o bico e dava leves chupadas, fazendo com que meus olhos se
revirassem de prazer. Um caminho foi percorrido de meus seios até minha
intimidade, dois dedos me penetraram de uma vez, um gemido se prendeu em minha
garganta, meu tesão ia aumentando a cada girada de seus dedos dentro de mim.
Troquei de lugar com ele, me ajoelhei nos pés da cama e tomei seu membro com
meus lábios, punhetava a base com leves movimentos, enquanto minha boca
juntamente com minha língua fazia o resto do trabalho, ele gemia baixo e
segurava em meu cabelo pra manipular os movimentos. O empurrei pra que deitasse
e fui por cima, sentei em suas pernas e deslizei as unhas por seu peitoral. Ele
colocou uma das mãos na primeira gaveta do criado-mudo e sacou um preservativo
de lá.
"Fica
de quatro pra mim." Apertou minha bunda.
Fiz o
que ele pediu e joguei meu cabelo pro lado pra poder olhar o que ele estava
fazendo. Não demorou pra que seu membro me preenchesse, um vai e vem tomou
velocidade e ele apertava minha cintura pra ter apoio. Gemia alto, que homem,
que pegada... De minha cintura, suas mãos foram pros meus seios, os apertando
com força enquanto seus dedos roçavam os bicos entre eles. Atingi meu orgasmo
antes dele, mas dei algumas reboladas pra satisfazê-lo.
"Jenn,
você é foda." Ele disse ofegante ao cair na cama, deitei ao lado dele.
"Você
também não é de se jogar fora." Ri de leve e dei um beijo rápido nele.
"Brincadeira."
"Só
peladura brincadeirinha, vá pegar um energético pra mim."
"Com
todo o prazer, senhor, assim que eu souber onde é a cozinha."
"Tem
um frigobar na sala."
Levantei
da cama do jeito que estava e fui até a sala, só então fui percebendo como a
decoração era linda e extremamente chique, a maioria dos móveis eram pretos e o
ambiente branco e bem claro, vários vasos e quadros compunham a decoração.
Saquei um cigarro da minha bolsa e o acendi, parei próximo da janela pra
fumá-lo, perdi a noção do tempo enquanto observava a cidade, estávamos bem no
alto e eu nem tinha percebido. A vista era linda. Levei um grande susto quando
Ryan enlaçou minha cintura com seus braços.
"Gostou
da vista?"
"Adorei,
é linda. Ah, me desculpe, esqueci de pegar o energético."
"Tudo
bem, eu já peguei." Mostrou. "É melhor você se trocar, os vizinhos
desocupados costumam olhar as janelas e todos correriam pra cá sete vissem
assim."
"Posso
tomar um banho?"
"Claro,
finja queda casa é sua."
Ele me
acompanhou no banho, mas não demoramos quase nada. Coloquei a roupa de antes,
ele se trocou e descemos pro carro pra irmos comprar comida. O carro do Ryan
era igualzinho ao do meu irmão, em questões de limpeza, pintura em ordem, não
tinha sequer um arranhão, os bancos de couro também estavam em perfeita
organização. Garotos malucos por carro...
"Aonde
a senhorita quer ir?"
"Ir
não, pega pra gente comer em casa."
"Não,
Jenn, porque? Me dá um bom motivo." Cruzou os braços.
"Eu
tenho meus motivos, ok? Não preciso ficar dizendo."
"Precisa
sim, não me convenceu."
"Ou
é isso ou você dá meia volta e me deixa em casa, fim de papo."
Ouvi
ele bufar antes de colocar a chave e dar partida no carro. As ruas de Miami,
como sempre, estavam movimentadas, principalmente próximo da praia, onde um
luau estava acontecendo, todo o mês tinha um, vários jovens se reuniam ali pra
assar marshmallows numa das fogueiras, ouvir uma boa música e curtir a noite.
Já havia sido do tipo que não perdia sequer um desses, mas agora ia quando
dava, por mais que eu não gostasse muito de praia, era um evento legal e onde
eu ficava longe dos caras, eles odiavam frequentar esse tipo de coisa.
"Quer
parar?" Ryan perguntou ao ver que eu estava olhando vidrada pra lá.
"Não."
Dei um sorrisinho de lado, olhando pra ele.
"Se
quiser... Eu iria adorar estar nele contigo." Diminuiu a velocidade do
BMW, quase parando, um sorriso grande e fofo estampou seu rosto.
"Ok..."
"Isso
é um sim?"
"É,
é um sim, mas não vamos ficar por muito tempo, por favor."
"Com
você pedindo 'por favor' não tem como não fazer." Riu e entrou numa vaga.
"Idiota."
Ri pelo nariz.
Descemos
do carro e fomos na direção da areia, vários casais estavam sentados abraçados,
assando seus espetos com marshmallows, em outros pontos tinham amigos zoando um
com os outros. Em certo ponto, fixei meu olhar e meus olhos se encheram de
lágrimas ao pensar no Zack, ele costumava vir comigo nos luais e ficamos como
esses casais clichês. Passei as mãos pelo rosto, tentando esquecer, mas não deu
muito resultado.
"Está
tudo bem?" Passou o braço por minha cintura.
"Sim."
Balancei a cabeça.
"Quer
sentar ali com o pessoal?"
"Prefiro
ficar de pé mesmo." Suspirei. "Pega um espeto pra mim?"
"Claro."
Andei
alguns passos pra trás e me encostei num quiosque, apoiando meu corpo sob meu
cotovelos de costas, olhava o movimento com medo de alguém me ver, algum deles
pra ser mais específica, mas ficava um pouco tranquila sabendo que era muito
difícil que viessem. Ryan não demorou quase nada, não queria mesmo que
demorasse, não estava afim de ficar sozinha por muito tempo.
"Prontinho,
senhorita." Me entregou um e ficou com o outro. "Disseram que naquela
mesa tem biscoito e chocolate, se quiser." Apontou.
"Por
enquanto não, prefiro tradicionalizar."
"Como
quiser." Riu.
A
noite estava boa, eu adorava a companhia do Ryan, mas algo me incomodava, não
conseguia me sentir segura ali, era como se eu estivesse sendo observada, mas
tudo o que eu via eram adolescentes se divertindo sem darem a mínima pra mim.
Eu devia estar ficando paranóica, era a única explicação útil em que eu
acreditava no momento.
"Caralho..."
Ryan resmungou baixo.
"O
que foi?"
"Aquele
cara não para de olhar pra cá."
"Cara?
Que cara?" Olhei pra todos os lados, parecendo uma maluca.
"Aquele
ali, olha discretamente." Apontou com um meneio de cabeça pro lado dos
carros.
Meu
sangue congelou antes mesmo de eu olhar pra lá, sabia que não era uma boa ter
vindo. Droga! Não era o Diego, talvez fosse ainda pior... Gabriel me odiava,
sempre odiou e, com toda a certeza, eu estaria ferrada. Ele veio andando com um
sorrisinho sarcástico no rosto e parou à nossa frente, cruzando os braços.
"Ora,
ora..."
"Você
conhece ele, Jenn?"
"Mas
não é a senhorita estou-com-dor-na-perna-e-não- vou-sair?" Coçou o queixo, fazendo um baixo
barulho por sua barba por fazer, enquanto entortava os lábios. "Você não
vai se dar bem, nada bem."
"Porque
está falando assim com ela, cara? Está maluco?"
"É
melhor vir comigo, Jennifer."
"Jenn,
quem é ele?"
"Ryan,
eu tenho que ir, me desculpa, ok?" Dei um rápido selinho nele.
Ele
segurou meu braço, seu olhar era de preocupação. "Pra onde você vai? Quem
é esse?"
"Eu
só tenho que ir."
Gabriel
me puxou, fazendo um tranco repuxar meu braço, consequentemente, minha perna
também doeu, ainda mais do que o braço, mas não esbocei nenhuma reação. Ele foi
todo sorridente no caminho e sem soltar meu braço, já devia estar roxo, quando
eu finalmente consegui me soltar.
"Se
você correr, eu tenho algumas balas aqui e vou usá-las sem dó e nem piedade,
acerte onde acertar."
"Você
é ridículo, não sabe o quanto."
"Estou
pouco me fodendo pra isso, Jennifer, a única coisa que me interessa agora é ver
a cara do Diego assim que eu disser aonde você estava."
"O
que ganha com isso?" Parei de andar, o encarando com meus olhos fervendo
de raiva.
"Prazer
em te ver sofrer, sua puta."
"Você
não vale nada." Semicerrei os olhos, balançando a cabeça lentamente.
Ele
agarrou meu braço de novo antes de entrarmos no elevador e, assim que entramos
na sala, onde Diego estava deitado, ele me jogou pro chão com toda sua força. O
grito não conseguiu ser abafado pela mordida em meu lábio, a dor em minha perna
foi a pior que já tinha sentido desde que havia saído do hospital.
"Ficou
maluco, Gabriel?" Diego se levantou e foi na direção dele.
"Isso
não teria acontecido se essa dai não tivesse mentido."
Seu
semblante mudou completamente quando ele me olhou. "Você mentiu pra
mim?" Me fez olhar diretamente em seus olhos quando puxou meu cabelo. Sem
obter resposta, ele intensificou a força. "Me responde! Eu confiei na sua
palavra, filha de uma puta."
"Não
menti pra você."
"Claro
que mentiu! Ela estava na praia." Como eu odeio o Gabriel. "Detalhe,
estava com um cara, cheia de amores com ele."
"VOCÊ
CHEIROU MUITA DROGA? FOI ISSO, JENNIFER?"
"Estava
cansada de ficar em casa, só isso... Fui apenas dar uma volta pra espairecer,
se quiser eu te trago meus papéis do médico." Tentei virar minha perna sem
que doesse, mas foi impossível. "E agora só vai piorar minha
situação." Encarei o Gabriel.
"Eu
poderia te dar uma boa lição, você sabe bem disso."
"Estou
te implorando, Diego... Te imploro pra que não faça nada, por favor."
"Levanta
dai. Gabriel, sai daqui, já fez sua parte."
Ele
assentiu e se retirou, dando meia volta. Me apoiei no sofá pra ter firmeza e
levantei, mas meu corpo não aguentou por muito tempo e desabou no sofá sem
firmeza alguma, afoguei minha cabeça nas mãos pra não encará-lo.
"Porque
mentiu?"
"Eu
já disse que não foi mentira."
"Não
me convenceu."
"Mas
já disse o que aconteceu."
"Ser
grossa não vai adiantar nada." Se abaixou ao meu lado e apertou meu queixo
com seus dedos. "Só vai piorar a sua situação comigo."
"Diego,
por favor." Pedi num suplico baixo. "Por favor..."
Com a
proximidade que ele estava pude notar que seus olhos estavam levemente
avermelhados e ao lado do sofá tinha metade de um pacotinho com cocaína. Seria
pior do que eu imaginava se o efeito piorasse o lado agressivo dele.
"Eu
quero matar você, eu ODEIO que mintam pra mim!" Arrastou o braço na mesa
de centro, derrubando tudo no chão.
Meus
olhos ficaram rasos de lágrimas, não tinha tanto medo dele, mas a situação
mudava quando envolvia drogas. Ele podia ser violento, tão violento quanto fora
em uma dessas vezes, pude perder a conta de quantas bofetadas levei na cara sem
poder dar um pio, mas já houveram vezes piores, das quais as cicatrizes são
carregadas comigo até hoje.
"Você
mentiu." Repetiu. "E sabe o que acontece com quem mente?"
"Por
favor." Minha voz já se tornava embargada.
"Por
favor é o caralho, acha que vai me levar no papo como sempre? Já deve ser a
terceira vez que mente, agora é diferente, Jennifer Ann, eu te disse que seria
a última vez."
"Eu
sinto muito, me perdoa por essa, apenas por essa. Eu posso recompensar você,
faço tudo, tudo o que quiser."
Ele
riu. "Voltou a se vender? Que coisa feia."
"ME
DEIXA IR!"
O
empurrei num ato desesperado e ele me puxou juntou, virando o jogo e ficando
por cima. Meu rosto ardeu com o primeiro tapa, e ia ardendo cada vez mais. Me
sentia um lixo, um enorme lixo, as lágrimas caiam de meus olhos como a algum
tempo não caiam, com desespero, repulsa, dor, ódio... Tinha as piores palavras
do mundo pra descrever o que estava sentindo, mas não seriam suficiente. Ele
parecia ter tanto prazer em me bater quanto Gabriel tinha em fazer com que isso
acontecesse, os odiava e nada nunca poderia mudar isso. Ouvia uma voz em minha
cabeça dizendo que estava tudo bem, mas não era qualquer voz, era a voz do Zack
e isso me mantinha um pouco mais calma. Não foram muitos tapas e ele dosava a
força pra que não marcasse, mas foi o suficiente pra que eu perdesse totalmente
a minha dignidade. Não quis saber de olhar pra ele quando saiu de cima de mim,
apenas tomei meu caminho até a porta e me mandei o mais rápido que pude.
Corri pelas ruas de Miami até cruzar a minha, apoiei-me em meus joelhos
semi-flexionados pra recuperar o ar e andei com mais calma até em casa. Jake estava
sentado na sala, seu semblante preocupado se transformou em um sorriso assim
que me viu.
"E
aí." Sentei ao lado dele, tentando parecer o mais normal possível.
"Aconteceu
alguma coisa com você, Jenn?"
"Não,
porque está me perguntando?"
"Somos
gêmeos, senti algo estranho, como sempre sinto quando está em perigo."
"Não
aconteceu nada, estava com Ryan no luau, apenas isso." Deitei a cabeça em
seu ombro e passei meus braços ao redor dele, que beijou minha cabeça.
"Tem
certeza?"
"Claro
que tenho, não seja bobo." Ri pelo nariz.
"Toma
cuidado, ta?"
"Eu
sempre tomo." Beijei o rosto dele. "Vou dormir."
~~~~~~~~~~~~~~
oioioi sei que eu demorei pra postar, mas eu estava totalmente sem ideias... o que acharam? gostaram do Ryan? o que acham que vai acontecer? Muita gente tá me perguntando "cade o Cody?", ele vai aparecer logo logo pessoal, achei mais emocionante não colocar logo no começo pklosaloskoals se tiver ideias ou sugestões de algo que queiram/imaginam que possa acontecer, me mandem nos comentários ↓↓↓ ou me mandem por DM no twitter, deixem seus users pra que eu possa conhecer vocês e avisar dos capítulos novos. (pra quem não me conhece, podem me chamar de Manu) POR FAVOR, É MUITO IMPORTANTE PRA MIM SABER O QUE ESTÃO ACHANDO, ENTÃO COMENTEM, OK? PODE SER SÓ UM "CONTINUA" OU COISA ASSIM. XOXO <3


coitada da Jenn, arrumo uma encrenca pro resto da vida :/ continua logo
ResponderExcluirA Jenn ta ferrada na vida por causa desse Gabriel e desse diego ne ?! Dois otários, agora to shippando ela com o zack e mesmo sem ele ter aparecido nesse capitulo e mesmo que ela esteja pegando o ryan eu ainda shippo eles (nao sei ainda como é o nome do shipp), quando o cody aparecer nao sei se vou shipar eles porque eu to shippando e muito zack e Jenn! Mas to ansiosa pro cody entrar <3 RYAAAAAAAN LINDOOOOO, PERFEITOOOO, acho que amei ainda mais esse capitulo por ele estar nele, amo/sou sz ta tao perfeita essa fic Manu e comece logo a se inspirar bem e escrever muito pra postar logo, porque nao agüento mais ficar esperando muito tempo nao
ResponderExcluirMas enfim, amei
Te amo manubs
XOXO
MANUUUUUU TA PERFEITO AMIGA PLMDD CONTINUE LOGO PQ NECESSITO DE MAIS QUERO Q O CODY APAREÇA LOGO PRA VER CM ELE VAI SER NA FIC AMEI TER BASTANTE O JAKE ...... TO GPSTANDO DO RYAN 💞💞💞 ELE PARECE SER LEGAL MAIS VAI QUE NÉ BJSSS E CONTINUE LOGO @heysimpson143
ResponderExcluirTadinha dela :( continua por favor manu ta perfeito :) ai que odio desse diego e do gabriel , cade o zack o que aconteceu com ele ?? Awn o Ryan e um fofo sera que ele vai contar por jake sober o que aconteceu con a
ResponderExcluirjenn ? To curiosa continua manu :) @paolas2_
Ah manuuu mil desculpas por demorar pra comentar, mas tenho mil provas por semana no colégio e tals, e não ta dando pra comentar mesmo, e daqui pra frente só vai piorar 😢 mas enfim, ahhhh cade o cody? hdiebhbtjehhwwjhs to curiosa pra saber como ele vai se encaixar na história hahaha continuaa bjbj @CodyMania
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